ESCOLHA
Às vezes, o olhar vagueia a observar:
As pessoas gesticulam, gritam, reclamam.
Alguns desenvolvem a qualidade da gentileza,
Ainda outros, insistem no defeito da aspereza,
Enquanto os olhos assistem essa 'dança',
Nas horas vagas ou em plena 'andança',
Analisando tudo e guardando com clareza.
Guardo no coração, gestos nobres que vejo,
E cultivo em segredo, claro, e, salutar desejo,
De retribuir numa escolha única e particular,
E sequer receber gratidão, tenho ensejo.
É algo que vem das entranhas!
Não sei se tem origem na própria índole,
Se é da crença ou da própria razão;
Só sei que há como resultado, muita emoção,
Prazer imenso em honrar a própria escolha.
O único motivo de tal atitude incomum,
É a alegria de causar alegria em comum,
E voltar feliz com a felicidade deixada,
E a marca no semblante fixada,
De que ali passou o amor.
O olhar continua a observar,
Não importa a cor;
Não importa a dor,
Mas se há amor,
Haverá recompensa!
Ênio Azevedo
28/07/2023
Zé Doca - MA.