AURORA TARDIA

 

Enquanto teu céu revela meras estrelas,

Decifro a chave escondida no exato lugar...

Dissipo a névoa e rasgo o véu para a luz entrar.

 

A meia-noite não me engana…

Nada é tão escuro que me faça duvidar.

A clareza se revela a olhos atentos de enxergar.

 

Minha alvorada, plena, não tem pressa…

Na penumbra, me deleito, me refaço.

Na sombra, me deito e me calo.

 

Minha aurora é tardia…

Habito onde o tempo não tem espaço. 

Resisto, confiante, em algum lugar no tempo.

 

Ao meio-dia, falsa alegria?

Não estou de férias, não vim me distrair.

Quero libertar, quero transcender, quero sentir.

 

Meu crepúsculo é precoce…

Quando escurece mais cedo,

Fico em paz, não tenho medo.

 

Nesse belo e atemporal arrebol,

Sob o horizonte, não me canso de esperar. 

Não nasci para medir, renasci para encontrar.

 

O convite do tempo é eterno:

As grades são pilares; as paredes, infantis. 

Se o vento te abrir a janela - salte! Foi o destino quem quis.

 

 

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Luxor Kron
Enviado por Luxor Kron em 18/07/2023
Reeditado em 18/07/2023
Código do texto: T7840277
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