DESERTO

Tão certo pra qualquer um,

nessa vida atravessar as "areias",

seja de qual sentimento for,

as "dunas" nos levam nesse sofrimento,

talvez faltando a bendita fé,

ou então a necessária coragem,

esse sol de nome "desânimo",

anuncia a terrível "estiagem"...

Não há água, não há sonhos,

nem coca cola nem companhia,

não há esperança, somente agonia,

nesse deserto sem horizonte...

O corpo caído sem força,

desiste do próximo passo,

percebo então no meu encalço,

a morte que sorrindo me seguia.

Numa última lembrança me vem,

minha infância feliz de outrora,

o lar pobre, quem me dera agora,

poder olhar aquele quadro bonito,

na parede com "Jesus menino",

naquele olhar o meu oásis.

ANDRÉ L C MELO
Enviado por ANDRÉ L C MELO em 18/07/2023
Código do texto: T7840246
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