ERVAS DANINHAS

Soltam-se os risos das charadas

onde os lobos uivam e farejam

no chão se alimentam os abutres

nos despojos dos corpos que sobejam.

Não secam as ervas daninhas

que na terra crescem aos montões

infestando o ar que respiramos

em tudo e em todas as direções.

São risos de despeito e de desprezo

que espelham os sons que nos enojam

na terra se espalham os despojos

dos corpos daqueles que se arrojam.

Nascem prados verdes que que escurecem

no chão vestido de arrogância

onde o sol que se envergonha de existir

na terra onde é regada a intolerância.

Mário Margaride(Gilberto Fernandes)

09-07-2023

Gilberto Fernandes
Enviado por Gilberto Fernandes em 14/07/2023
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