OFUSCADAMENTE

Tudo o que escrevo agora

Parece ter uma gota de sangue

Escorrendo por entre as palavras

Que planto angustiosamente no papel...

O amor esvaiu-se por entre as frestas

Da janela daquele sonho tão

Bom que eu possuía lá

Bem pouco tempo atrás...

A alegria despediu-se de mim

E não me disse quando retorna,

Apenas acenou o seu lenço,

Partindo sem rumo e sem direção

E deixou ofuscadamente que só

Volta quando o vento mudar de direção

Mais isso pode demorar muito,

Tempo suficiente para matar-me

Da mais bela e pura decepção.

Goiânia – GO, 12 de maio de 2011.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 05/07/2023
Código do texto: T7829995
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