OFUSCADAMENTE
Tudo o que escrevo agora
Parece ter uma gota de sangue
Escorrendo por entre as palavras
Que planto angustiosamente no papel...
O amor esvaiu-se por entre as frestas
Da janela daquele sonho tão
Bom que eu possuía lá
Bem pouco tempo atrás...
A alegria despediu-se de mim
E não me disse quando retorna,
Apenas acenou o seu lenço,
Partindo sem rumo e sem direção
E deixou ofuscadamente que só
Volta quando o vento mudar de direção
Mais isso pode demorar muito,
Tempo suficiente para matar-me
Da mais bela e pura decepção.
Goiânia – GO, 12 de maio de 2011.