Ode ao vácuo
Sorte dos afortunados,
os pensadores do agora,
eles não se entristecem
nem choram pelo amanhã.
Eu sou um pensar dolorido,
defino-me Consciência,
vivo pensando em outrora:
uma nostalgia morta…
Os momentos se bastam,
eles são versos de um conto,
cada ser tem uma história
vivendo no coração.
Uns infartam para dentro,
outros são odes para amar,
Sou talvez uma pulsão
expandindo-se ao meu fim.
Invejo os que são perenes,
são eternos fora do tempo:
sem passado e sem futuro,
morrem e renascem sempre.