Lagrima incontida
Dar férias ao coração
O que outrora ardia em chamas, tornar passado
Ouvir muito, falar pouco, engoli insultos perenes – gema de doenças
Fazer pouco de si, ludibriar o futuro, abandonar seu legado
O olhar que vislumbrava um majestoso horizonte
Aos poucos vem desmoronando logo à frente
O crepúsculo da aurora jamais rematada
O tempo passando, nada se concluí e o vivente perdido, cada vez mais descrente
O que seria a tal felicidade
Quiçá, aquele algo a mais que todo adolescente espera em sua história
Ou seria tudo mais uma bela faceta narrada aos miúdos
Onde no real o protagonista encarna o presente moldando sua historia
Já não importa mais as estrelas nem tampouco, horizontes
Querubins não pensam com a cabeça nem pés no chão
Basta a vida de guardiões das portas do paraíso face ao inferno real
Aos poucos, a existência humana vem se tornando uma enorme decepção
Apesar de tudo e todos, a vida continua
Por mais idiotas encontremos no caminho, mais leões temos que lidar
Não importa o que digam ou mesmo façam
Coexistir faz parte da história e é algo essencial ao nosso caminhar
Manoel Claudio Vieira – 21/06/23 - 00:11h