O tempo
No tempo breve
Que a vida nos concede,
Numa existência fugaz e efêmera,
Os momentos escoam,
Como água que corre,
E nos fazem perceber
A brevidade inteira.
No horizonte do tempo,
vejo o relógio passar,
Os segundos se somando
Em um incessante tic-tac.
No eterno presente,
Sinto-o a escapar,
Deixando-me com a incerteza,
em cada instante que se desfaz.
As horas são meros
fragmentos do tempo,
efêmeros,
Que se perdem
No vácuo das lembranças.
Cada minuto,
cada segundo,
são pilares sombrios,
Que nos lembram
Da iminência das mudanças.
E assim,
O tempo insiste,
Implacável,
Em nos mostrar o quão fugaz é a vida.
É como uma correnteza incontrolável,
Que nos arrasta rumo à despedida.
Os dias se dissipam,
Assim como as luas,
Num ciclo incessante,
Feito ilusão.
E nós, seres criados por Deus,
transitórios, nesta terra
Diurnos e noturnos,
Seguimos nessa dança,
Nessa rotação.
O tempo nos ensina,
Com sabedoria,
Que cada momento
É único, precioso.
De olhos bem abertos,
Acolhemos a lição,
Que a vida se vive
Em seu curso furioso.
E nessa finitude do tempo,
temos a chance,
De viver intensamente,
de abraçar o efêmero.
Cada instante,
cada respiração é uma dança,
Que nos permite
desvendar o mistério.
No breve tempo da vida,
buscamos significados,
Questionamos o sentido
de nossa jornada,
E encontramos os fados,
Que nos levam
além da razão abarrotada.
Compreendemos que
A vida é feita de instantes,
Os momentos são experiências,
Cada gesto,
cada sorriso,
cada choro é importante,
Preenchendo a trama
Dessa existência.
E no tempo breve
Que nos é concedido,
Abraçamos a impermanência
Com serenidade.
Valorizamos cada
segundo compartilhado,
Enxergando a beleza na fugacidade.
E assim, na consciência
desse tempo fugaz,
Apreciemos a efemeridade da vida.
Nosso coração,
em compasso célere, é capaz,
De reconhecer a preciosidade contida.
No tempo breve
Que a vida nos oferece,
Despertemos para
A intensidade de cada dia.
Encontremos no agora
A nossa prece,
E vivamos com a certeza
De que o tempo nos guia
E Deus conduz o nosso caminho.