O retorno
Um dia fui morar na casa de Potifar
Esfregaram em minha cara seios bonitos
Debocharam da minha poesia
E se lamentaram dos seus conflitos
Ao voltar para o cárcere onde fui detido
Tão leve e sano me fiz sentir
Um lugar que ouvem o meu alarido
A me deixar insano de paixão
Entre os caras entes sem dentes
Eu posso poetizar
Haverá, pois, lágrimas quentes a correr
Não os risos evidentes
Ouço as cantadas dos pneus de ferro
O berro do doente do bar
Os causos do Totem
E os aplausos que quebram tabus