O retorno

Um dia fui morar na casa de Potifar

Esfregaram em minha cara seios bonitos

Debocharam da minha poesia

E se lamentaram dos seus conflitos

Ao voltar para o cárcere onde fui detido

Tão leve e sano me fiz sentir

Um lugar que ouvem o meu alarido

A me deixar insano de paixão

Entre os caras entes sem dentes

Eu posso poetizar

Haverá, pois, lágrimas quentes a correr

Não os risos evidentes

Ouço as cantadas dos pneus de ferro

O berro do doente do bar

Os causos do Totem

E os aplausos que quebram tabus

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 28/06/2023
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