Andante

Nessa vastidão,

Há uma constante do ser.

O tempo, escorre entre os meus dedos,

E a vida, efêmera como o amanhecer.

Vago é o caminhar nesta terra ingrata,

Quando dedica-se meramente ao outro,

Onde promessas se perdem no eco do vento.

Os homens falam excessivamente

Buscando desesperadamente em agradar

As ilusões desvanecem como fumaça,

Deixando um vazio, pesaroso tormento.

Ah, a brevidade da vida é um lamento,

Como um sonho que se esvai ao despertar.

A efemeridade nos lembra da transcendência,

Que há mais além do que podemos alcançar.

Carregamos as cicatrizes das desilusões,

Marcas profundas de um coração ferido.

Mas é numa alma dilacerada que brotam versos,

Uma tentativa de encontrar sentido.

Os dias passam velozes, quase imperceptíveis,

E nossos sonhos, às vezes, ficam para trás.

É preciso aprender a capturar o efêmero,

Enxergar a beleza onde o olhar se desfaz.

Apesar da desilusão, encontre esperança,

Nos tesouros escondidos na existência.

Faça do tempo um aliado, não um inimigo,

Viva intensamente

Cada instante com consciência.

Pois vago é o tempo, breves são os dias,

Mas podemos deixar uma marca profunda.

Enfrentar as desilusões com coragem,

Escriver uma história, ainda que seja tão curta.

A desilusão é parte desse caminhar,

Mas não deve definir o nosso ser.

Encontremos forças

nas lágrimas derramadas,

Para reconstruir a vida e pertencer.

Então, que cada suspiro nessa terra incerta,

Seja preenchido com a busca por um sentido.

E mesmo diante das desilusões e da brevidade,

Encontremos beleza na vida,

mesmo que fugaz, de todo perdido.

Lorena Borba
Enviado por Lorena Borba em 28/06/2023
Reeditado em 28/06/2023
Código do texto: T7824159
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