Meninice
(Poemas em Quadras 017/23)
Bola de gude, peão,
peteca, perna de pau;
o cerol não tinha não,
mas se usava o berimbau.
Tico-tico fuzilado,
os fantasmas de mamão.
Se aparecia um folgado
as brigas eram na mão.
Belisco, pega varetas,
belas cantigas de roda;
os concursos de caretas
que nunca saíam de moda.
A finca, o passar anel
lembranças maravilhosas;
escorrego, carrossel.
Quantas lembranças ditosas!
Efepê Efe Oliveira
2020
Conceição do Mato Dentro (MG)
Imagem: Arquivo Pessoal do Autor