Minha eterna pequenez de espírito
Mas também vejo as variáveis empíricas
que pululam em minha madrugada...
vejo as ruas desiguais para o trilhar dos meus pés,
às vezes cansados de tanto caminhar...
também vejo as flores distintas
que me habitam e me fazem assim, assim,
imperfeita e incompleta...
vejo que o que pensava de mim -
minhas teorias sobre minha própria importância -
não é de fato o que o outro pensa ou vê em mim...
Olho para os mesmos olhos
que podem ver no outro tanta beleza,
mas não a reconhecem em si... em mim...
Posso ver a pequenez de meu espírito,
as angústias sempre presentes,
os medos sempre latentes...
então, concluo
que as minhas "variáveis empíricas"
são muito diferentes
das "teorias" (variáveis teóricas)
que uma vez eu tinha sobre mim...
Os "resultados"
apontam caminhos desiguais,
flores distintas (desimportantes),
perfeitas imperfeições,
completa incompletude...
a eterna pequenez do meu espírito...