O Devir do Viver

No fluxo perene do tempo a sempre correr,

A vida se desdobra, sem jamais se deter.

O devir constante é eterno movimento,

O destino incerto é um manto cinzento.

Das águas do rio à brisa morena do ar,

Todas as coisas estão sempre a transmutar.

Nascer e morrer, um ciclo sempre incessante,

O devir da vida é sombra e luz constante.

Como folha ao vento, vamos nós a vagar,

Em busca de rios e sentido a nos ancorar.

Somos seres em trânsito sempre a buscar

No labirinto existencial o caminho a trilhar.

O tempo, titã voraz e soberano do universo,

Nos mostra a efemeridade, o viver inquieto.

A juventude tão fugaz e a velhice a chegar...

Somos peregrinos nessa jornada a desvendar.

Em cada momento, uma nova pedra a colher,

A sabedoria oculta, o aprendizado em se viver.

O devir nos ensina, com suas voltas e curvas,

Que a transformação é certa nas horas turvas.

Do broto ao maduro e suculento fruto, da semente à flor,

A vida se desabrocha lentamente em seu misterioso esplendor.

No fluir do rio se vê que tudo corre ao porto do entardecer;

Logo, mergulhe fundo nas águas da vida antes de perecer!

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 23/06/2023
Reeditado em 23/06/2023
Código do texto: T7820676
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.