A existência dialética das propossições.
Eu venho do campo, caminhei por trilhos apertados, ferindo meus pés, em pedras pontiagudas, todavia, atingi o topo de uma grande montanha.
Lá de cima, vi as estrelas brilhando, senti o hidrogênio do sol, a cor do infinito e os deuses confabulando.
Então perguntei para os meus sonhos, a razão dos olhos encherem de lágrimas, todavia, pude sentir o encanto do vosso sorriso, a beleza inefável da vossa doçura.
Sou muito simples, tenho apenas três coisas importantes, sete mil livros, bons telescópios e poderosos binóculos.
Por último um excelente plano de saude, em relação as demais coisas, sou absolutamente simplório, a respeito da alma conservo em minha cognição, a humildade do nada que sou.
Entretanto, estudei todas as disciplinas, li mais de quatro mil livros, sei a lógica da loucura, compreendo o que é de fato o delírio.
Então neste mundo, sou tão somente uma breve replicação, do mesmo DNA mitocondrial de todos os animais.
Posteriormente, serei fluído de pó químico, nessa passagem apenas brevidade, em substancialidade ao esquecimento.
Deste modo, a este propósito, não compreendo o fundamento do meu eskathós.
O que posso afirmar sei os sinais da ignorância, tudo que desejo, compreender o tamanho do infinito, a cor do universo, a razão da existência do azul.
Amanhâ serei o mais profundo silêncio.
Edjar Dias de Vasconcelos.