A teoria da imaginação hermenêutica.
Antes eram apenas as realidades, a antimatéria, o vácuo, o escuro e a temperatura negativa.
A teoria do princípio da incausalidade, por meio do frio, surgiram as primeiras partículas.
O universo tão somente o gelo, significando, portanto, o nada.
O mundo não foi feito por mim, muito menos pedi para existir.
Todavia, estou aqui, na mais absoluta imposição.
Sou obrigado a cuidar da minha pessoa, de outras pessoas.
Do Estado, sou produto da mais valia.
Sobretudo, da burguesia parasitária, no entanto, a natureza é indiferente a minha existência.
Age sobre mim como se não existisse, como se não fizesse parte dela.
No entanto, imagino, fazendo parte da natureza.
Muito mais, sendo ela própria.
Entretanto, quando o meu corpo, tornar-se apenas uma partícula quântica,
Presa a imensidão do universo, com efeito, serei o cosmo.
Sem consciência, tudo em mim, será como se antes, nunca tivesse existido.
Porém, nesse momento, serei apenas o infinito, no meu corpo a definição das cores do universo, a mimetização da poeira química.
Quando então entenderei, o magnífico poema de Fernando Pessoa.
A exuberância da imaginação.
Desse modo, o resto será gente e alma, quando o ser se complica.
No entanto, fala, pensa e reflete, vê.
Tira o sono e a calma, porém, nunca é o que é, de nada ter razão de ser, o futuro do homem e da alma.
As demais coisas são, imaginações representativas.
Edjar Dias de Vasconcelos.