O que é o ódio estrutural.
De onde vem o ódio, todo ódio, desde quando os primatas transformaram em hominídeos, o ódio é produto da exploração do homem pelo homem.
A riqueza, sobretudo, o bem estar social só é possível através do trabalho, não existe outra forma de riqueza a não ser trabalhando, deste modo, a pobreza é também fruto do trabalho, a extração da mais valia.
Com efeito, o ódio é produto da luta de classes, desde as sociedades tribais, uns querendo escravizar outros, nascendo o Estado, como legitimação da escravidão.
O escravo era odiado, pelo fato de recusar fazer o trabalho em benefício do seu dono, no mundo moderno, hoje pós contemporâneo, quem é o substituto do escravo, o proletariado, motivo pelo qual o trabalhador é odiado, discriminado.
Com efeito, o ódio é o resultado de uma guerra econômica entre pobres e ricos, entre a direita e a esquerda.
Portanto, o ódio é fruto de uma ideologia política, entre aqueles que dominam e os dominados, no Brasil entre o neoliberalismo e o social liberalismo, desde modo, o ódio tem a mesma lógica do racismo, assim como o racismo é estrutural, o ódio também é.
Não se combate o ódio com amor ou com alguma filosofia cristã, as religiões sempre foram propulsoras do ódio, motivo pelo qual o ódio no Brasil do ponto de vista da fé, é também produto teológico.
Quanto mais uma sociedade for pentecostalizada, mais essa sociedade será odiada, pois a fé pentencostal justifica a dominação econômica do trabalhador em defesa do neoliberalismo.
O pentecostalismo, é uma ideologia teológica em todos os credos, com maior prevalecência no catolicismo e no evangelismo, como também no protestantismo, sendo que o espiritismo brasileiro é essencialmente pentecostalizado, essas religiões evitam nos paises pobres, as transformações sociais.
Qual é a tragédia humana da fé pentecostal a preocupação de salvar a alma e não o corpo, quando a alma é tão somente a cognição, preocupação inútil, pois a alma é imaterial, tudo que for imaterial é imponível, tanta na perspectiva de Deus como do diabo, razão pela qual a fé fundamenta-se no materialismo e não na metafísica.
Historicamente, o ódio foi combatido através do ateismo, pois exatamente por meio do ateismo que nasceram as sociedades inclusivas, em uma permanente guerra entre o liberalismo econômico e o socialismo.
Hoje essa guerra permance entre duas formas de Estado, o Estado neoliberal e o Estado social liberal, qual a diferença quando ambas as ideologias defendem o capitalismo.
O neoliberalismo, quer o desenvolvimento econômico com a concentração da riqueza em função da burguesia escravizando o proletário.
O social liberalismo, quer o desenvolvimento econômico, com equalização social, o denominado capitalsimo para todos, contra o capitalismo para poucos.
Deste modo, tanto a direita com a esquerda defendem a propriedade privada, a nova configuração institucional do poder político.
Portanto, o combate ao ódio passa pela superação do neoliberalismo em defesa do social liberalismo, quando as sociedades forem iguais, passa não tem sentido o racismo estrutural, porque o racismo estrutural é eliminado, da mesma forma, o ódio estrutural.
Deste modo, a questão do ódio sustenta-se na luta pela transformação social, a direita não quer a inclusão social, pois tem medo de perder seus privilégios econômicos.
Todavia, quando o ódio está entre os pobres, isso acontece devido o fenômeno da instrumentalizaçaõ da consciência do miserável, normalmente através dos preceitos teológicos.
O pobre foi bestializado, com consciência abobada, chegando ao ponto de ser uma sociedade subproletariada zumbizada.
Em síntese as religiões têm como função, regra geral justificarem a miserabilidade social, 12% da humanidade não é pobre, existe uma relativa equalização social.
Portanto, a tese quanto mais cristão ou islâmico for um país, mais miserável é o povo, as nações ricas onde não existem pobres, são nações ateias.
O fenômeno da cristianização do mundo ou islamização, tem como objetivo manter a divisão das classes sociais, exatamente, por esse motivo, que o ódio é essencialmente teológico.
Todavia, Deus é outra coisa, a ideologização da fé é a defesa permanente da miseração proletária, o interminável ódio das classes sociais.
Edjar Dias de Vasconcelos.