Dia de Desanuviar
Manhã cinza, chateações da noite anterior,
Acordar às seis para trabalhar.
Na rua, no caminho repetitivo,
As nuvens, carregadas, despejam água sem dó.
Abrigado na calçada contra os fortes pingos,
Os olhos enojados com o movimento ao redor.
O tempo esmagando o ânimo em atraso e
A mente imaginando os futuros desgostos do dia.
Mas exclamei: vai embora nuvem.
Vai embora e não vem mais!
Pare de chover, me deixe caminhar,
O tempo nem sempre determina tudo.
Mesmo com a tempestade
Sempre é necessário andar.
Molhado caminho com as ruas feito rios,
Mas projetando claridade e ar fresco
Para as próximas horas.
É dia de desanuviar!
Quero desvencilhar dos grilhões cotidianos,
Quero o espírito livre,
A liberdade alcançada por Rita, Arnaldo e Sergio.
Romper barreiras compostas de h2o e sensações,
Criar o meu desanuviar,
Libertar das amarras
E mergulhar em outras possibilidades.