Vede e escutai, ó fanáticos religiosos!
Numa terra não tão distante, de fé e devoção,
Há um grupo cheio de fanatismo e de má intenção;
Com semblantes graves e sermões inflamados,
Acreditavam ser os únicos salvos e predestinados.
Vestem roupas opulentas, falam em tons graves,
Com palavras cheias de conceitos e máximas suaves.
Mas quando olham ao redor, com olhos cerrados,
Só enxergam os pecados e erros de seus “desgraçados.”
Erguem-se “os crentes” com fervor exagerado,
Rezam com força, mas seu cérebro está apagado.
Lá vão eles e chamam-se de irmãos do Senhor,
Julgam a todos imprudentemente e sem amor.
No templo sagrado, fazem suas orações e rituais,
Cantam belos hinos, pulam e dão brados triunfais.
Mas na vida real só amam o Dinheiro; são brutos,
E espalham intolerância e causam discórdia e tumultos.
Eles pregam o amor, mas não passa de fachada,
Quando veem diferenças, logo lançam a espada.
Dizem: “Minha religião é a única verdadeira!”,
Mas sua religião é o controle das massas inteiras.
Seu “Deus” era exclusivo, o único a se louvar!
Todos os outros caminhos, condenados a queimar.
Em suas mentes estreitas, nada mais fazia sentido,
Apenas seus dogmas e doutrinas, o resto é proibido.
Rezam de joelhos, choram e clamam sem parar,
Falam “línguas estranhas”, um sinal divinar.
Mas a caridade, a fé, o perdão e a compaixão
Ficavam de lado, em segundo plano, sem razão.
Criticam com veemência os que ousam pensar,
São juízes da alma, condenam ao inferno sem hesitar.
Mas se esquecem de que, no fim, somos humanos,
E que o julgar cabe só a um ser inefável de outro plano.
O fanatismo religioso é uma loucura sem fim,
Transforma a fé em prisão, obscurece o jardim.
Afinal, Deus é amor, é paz, é misericórdia, é união,
Não um dogma para o ódio, a mentira e divisão.
Deus não está em templos nem em doutrinas nem distante!
Deus é o amor e o bem que praticamos a nossos semelhantes.