Restos de esperança e de luz
Sufoco-me em tristezas e temores tão vãos
Na penumbra da alma, onde se aninha a dor.
Suspiro por amigos e paixões que nunca se vão;
Em versos aflitos, grito em busca de algum amor.
No jardim de desejos, murcham as flores,
Pétalas que caem, lentas, sem alegria e cor.
Ecoam lamentos pelas escadas e corredores,
Na sombra das noites que choram de tanta dor.
Nas linhas que escrevo, vertem-se lágrimas,
Palavras marcadas pela ausência e solidão.
Suspiro pelos sonhos onde minha alma naufraga
Entre os versos tristes, sem companhia e afeição.
Sussurros ao vento, segredos contidos,
Confesso minh'alma em cada verso.
Em desespero, desnudo meus sentidos,
Buscando alívio num abraço imerso.
Amores quebrados, promessas vazias
São fios de prata nesta teimosia poesia.
Busco a leveza das asas, que talvez um dia,
Voem alto no céu onde alguma alegria irradia.