“MALTRAPILHO”
Maltrapilho vivia
Nas ruelas da vida
Que tantas vezes fugia
Para ali não mais ficar.
Nos dias que se seguiam
Tentava fugir dali
Trazendo em seu pequeno mundo
Tudo o que a vida lhe pedia.
Era um forasteiro
Nos caminhos sem meios e fins
Trafegando amargamente
Nos seus pedintes porvir.
Navegava agora infeliz
Na vida que consumia
Nos poucos dias
Que a ele se apegavam.
Atraído por algo desconhecido
Viu ali sua esperança
De seu grande desejo
Que superava seu caminhar.
Nada era
Nada sentia
Pois a vida que vivia
Era algo tão senil
Como seu sentimento infeliz.
JC BRIDON
05/04/2023 - 9,18 hs