Entre Grades Invisíveis
Estar preso dentro de meus momentos e sentimentos,
Dentro de minha mente, sou prisioneiro,
Um labirinto de pensamentos, sem lamentos,
Um eu aprisionado, sem roteiro.
Entre as paredes da minha própria existência,
Perambulo perdido, sem direção,
Um cativo de emoções, na essência,
Refletindo em silêncio minha solidão.
As grades invisíveis me cercam por dentro,
Sou o carcereiro e também o detento,
Preso nas teias da minha própria mente,
Um prisioneiro de um mundo envolvente.
Oh, como anseio pela liberdade,
Para além das amarras do meu ser,
Explorar horizontes com leveza e verdade,
E deixar para trás esse torpor a me envolver.
Mas talvez a chave esteja em aceitar,
Que nem sempre sou livre para escapar,
Que meu cárcere é parte do meu ser,
E libertação pode ser aprender a viver.
A prisão é apenas uma ilusão,
Criada pelos grilhões do pensamento,
Encontrar a paz em meio à confusão,
É o caminho para o auto desenvolvimento.
Então, permito-me explorar cada canto,
Desvendar os mistérios do meu interior,
Enfrentar meus medos e quebrar o encanto,
Para, enfim, me encontrar no mundo exterior.
E assim, no tumulto dos momentos e sentimentos,
Encontro a força para seguir adiante,
Liberto-me das amarras, dos sofrimentos,
E descubro a verdadeira essência do instante.
Sou prisioneiro, sim, mas também sou a chave,
Que abre as portas da minha própria verdade,
E na imensidão do meu ser, encontro a leveza,
De ser livre, mesmo quando aprisionado na incerteza.