BRASIL NEGRO

Por aqui se achincalha uma raça, o genocídio é cartão de visita.

Puxam-se todos os gatilhos nesses pelourinhos, dessa sociedade.

Em cada rua, esquina, caminho, ouve-se ecos desse, preconceito,

Rastros dessas, descriminações deveriam fazer girar os giroflexes...

Mas o que gira é o tambor dos revólveres batuque da impunidade!

É notória a cor da pele chega primeiro bem antes do que o caráter,

E, dedos insaciáveis desse prejulgamento implodem a autoestima.

 

O negro, (in) conscientemente, carrega suas senzalas, nas costas.

Desde quando nascem, e esse apêndice é cultural e, é patrimônio.

É verdade,  negros não negam a si próprios renegam os sistemas!

Visto que, por detrás dos vernizes, sofre escalpo na sua dignidade,

Contudo, não se deixa prender, nas cadeias da inconsciência pífia.

Lutam com fizeram seus, antepassados, nesse quilombo moderno.

Em, uma sociedade, onde, os capitães do mato, estão travestidos!

 

Todo negro faz, seus monólogos,  conversa, com sua consciência.

Isso lhe permite não baixar a, autoestima, e, nem dourar, a pílula!

Lambe as feridas físicas, e, emocionais, e, maqueia cada, cicatriz.

13/05/1888 se parece hoje vários pelourinhos e ainda castiga-lhe!

Seus pulsos, parecem estar algemados, por grilhões, existenciais,

Pois, essas correntes..., ainda, chacoalham, por onde, passamos.

Esses sons criam desigualdades, os ecos, negam oportunidades!

Albérico Silva

 

AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 13/05/2023
Reeditado em 15/05/2023
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