Quixote, a volta ao ventre.
Preso entre quatro paredes,
Querendo quebrar as correntes,
O escuro é confortável,
Mas as dores,
Estão presentes.
Me afundo no travesseiro,
Dos olhos,
O pranto é torrente,
Moinhos são construídos,
Coragem Quixote!
Os monstros estão carentes.
É um passo atrás do outro,
Caminho é percorrido,
Mas onde vai chegar?
Lá não há princesas,
Nem doentes,
Me perco na paisagem,
Percebe?
Estão todos doentes.
As almas foram dominadas,
O invisível,
Se faz presente,
O fio de bigode raspado,
Confiança,
Em moeda corrente.
As telas são injetadas,
As sombras,
São reluzentes,
A caverna,
Virou uma casa,
Platão esquecido,
As imagens são introduzidas nas mentes.
E ainda há pelo que lutar?
O escudo não mais protege,
O riste,
É impertinente,
Pois a lança não destrói,
O Inimigo que se encontra ausente.
Deus,me devolva a ilusão,
Tenho guerras a enfrentar.
Onde se encontra o dragão?
E Sancho Pança,
Onde está?
Me desculpe a impertinência,
Não quero ser coerente,
Abdico da razão,
Me devolva ao cerne,
Eu quero voltar ao ventre.