DEMOCRACIA "RELATIVA"
(Duo Soneto)
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Um renomado freguês; de um Espetinho na esquina
.Degustava àquela tarde; uma porção da iguaria.
Sentiu-se um perfume francês; no ar, uma presença canina,
Cuja beleza e charme; há bom tempo não se via.
Partilhou a carne, o Sujeito; como fosse a um semelhante.
Com o cãozinho carente; mesmo com brincos e luvas.
Mas, que batia no peito; um coração feliz, ofegante.
E, um olhar tão ardente; que faz amadurecerem as uvas.
Mas, eis que para estragar; o momento de alegria.
Saiu uma famosa artista; de uma Boutique, a gritar:
Não entre na minha bolha!; Xingou ao bom ser humano:
Aonde queres chegar? Respeites a democracia!
Por certo és um fascista; ponha-te em teu lugar!
Cadê o direito de escolha? O meu cachorro é vegano.