Cântico Noturno

Na noite escura, na estrada sem fim,

Ecoa um som que me fascina assim.

É o ronco selvagem, o rugir do motor,

Do carro veloz, é a canção do condutor.

Um murmúrio cadenciado, melodia das rodas,

Atravessa a noite, atravessa as horas.

É como uma sinfonia, uma harmonia em movimento,

Quebrando o silêncio, trazendo encantamento.

Os faróis iluminam o asfalto a brilhar,

Enquanto a velocidade parece voar.

O vento sopra suave, acaricia meu rosto,

Acelerando a paixão, como um acorde disposto.

O som do escapamento, um rufar constante,

Despertando a emoção de um amante.

Ele ecoa pela estrada, como um chamado,

Envolvendo a noite, como um segredo revelado.

Os ruídos da estrada se misturam na canção,

A melodia das curvas, a dança em profusão.

É um ballet de borracha, um solo de metal,

O som do carro ecoando, uma sinfonia celestial.

No compasso da noite, o motor faz vibrar,

Os corações que anseiam, que querem chegar.

Atravessando distâncias, explorando o horizonte,

O som do carro é a música que me desponte.

E assim, na escuridão, na estrada em espiral,

O som do carro ecoa, convidando a sonhar.

É uma serenata noturna, uma ode à liberdade,

O som do carro na estrada, uma eterna felicidade.