Madrugada

Hora em que se levanta o menor dos estalidos, aqueles camuflados pelos estrondos mais descabidos.

E o silêncio faz ecoar no tilintar

infinito o que já não se dá à escuta.

Madrugada parece que à alma perscruta e faz doer o seu olhar

incontestável...

Ora, se os labirintos se esvaziam de pensamentos que escoam para renovar-se a amplidão das horas - então madrugada se demora qual pecorresse um rio.

E percorre a espinha um calafrio das profundezas d'água, onde o que deságua não tem volta...

Dobrada pela esperança, às curvas turvas do rio desponta o alvorecer.

Ao longe se possa ver uma cascata de sonhos compondo a partitura da vida - gota a gota...

Limaya
Enviado por Limaya em 26/04/2023
Reeditado em 26/04/2023
Código do texto: T7773072
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