Desesperança

Quanta lassidão e desencanto, perturbando-me!

Tanta desesperança e desencontros, alastrando-se!

Como não ouvir tanto silêncio, tanta angústia?

Sei que é hora de novos clamores, novos amores...

Agora deparo-me com essas dúvidas, essas incertezas:

tanta desesperança, tanta solidão perniciosa.

O amor resultou inútil, a vida prossegue, tudo passa!

Para que ter pressa se a morte chega de qualquer forma?

Uma única certeza me embala nesses dias de abandono!

Um único suspiro penetra nessa casa: desesperança!

Penso nessa terra nua, despojada. Penso nesses amores ...

Onde andarão os amores que recusei? Seria mesmo amor?

Vejo meu passado desarrumado, entre sonhos e lembranças!

Não sei quando a vida me abandonará! É certo, eu sei!

Não suporto tanta mediocridade, tanta falta de poesia.

Não me peçam definições nessa vida de vendavais e desencontros!

O que sei é do meu cansaço, das minhas feridas, desse desencanto!

As palavras voam nesses vazios e inutilidades. Quanta busca inútil!

Quanta intolerância com a natureza e a natureza das pessoas?

Agora eu percebi o que foi a vida que eu vivi: lutas, ações e espantos...

JTNery
Enviado por JTNery em 22/04/2023
Código do texto: T7769988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.