Acepção da mente como escrava da ideologia de dominação.
As únicas coisas que tenho de importante em minha existência, o sobrenome, Vasconcelos, os meus livros e os telescópios.
Naturalmente, que gostei da minha evolução genética mitocondrial, a junção da qual resultou a a minha pessoa.
Também gostei de estudar Filosofia pura, conhecer a complexidade dos sistemas filosóficos.
Na historicidade praxiológica estudei tudo, da Física quântica a Biologia sintética da evolução.
Da Psicanálise a Filosofia da mente, de tal modo, que consigo entender quem é o homo sapiens.
O que sei na natureza tudo é química, na cognição alienação.
Do ponto de vista do DNA mitocondrial o homem é igual a qualquer espécie, pois todas as espécies evoluiram do mesmíssimo DNA.
Deste modo, as diversidades das espécies é um mito, tudo que existe tem o mesmo fundamento.
Com efeito, geneticamente, o homem é igual a qualquer bicho, qual a diferença do homem em relação ao porco, talvez apenas a beleza física.
Entretanto, qual é a problemática humana, a linguagem, o homem é diferente porque fala.
Todavia, tudo que o homem fala como produção hermenêutica cultural, não tem significação, refiro a linguagem proviniente do espírito.
A linguística em si é alienação, não existe o certo ou errado, as verdades são acordos convencionais, ideologias propositadas.
No mundo real só existem interpretações, as quais não tem o mínimo sentido, portanto, em que consiste a liberdade.
O homem livre é o verdadeiro sábio, a cognição não é presa as proposições, pois exegeticamente sabe que a linguagem não tem objetividade epistêmica.
Com efeito, ser livre, significa entender que mente não pode ser escrava do cérebro, o mesmo tem como propósito, dominar a razão instrumentalizando a cognição.
Para tal propósito é fundamental a cultura polimatheica da alienação, pois o alienado é absolutamente cego.
Deste modo, atinge a liberdade aquele que tem a mente vazia, entretanto, para a memória ser vazia, o cérebro necessariamente precisa estar cheio de proposições.
Na verdade o sábio é aquele que não deixa a sua cognição ser escrava da estrutura psíquica ideológica da mente.
Ser sábio é recusar a verdade, pois fenomenologicamente, tudo que existe são interpretações ideológicas.
Portanto, ser livre é não deixar a memória dominar o cérebro, a mente não ser dependente das estruturas cognitivas, ser livre em síntese é ter o entendimento que o sapiens geneticamente é um bicho.
Deste modo, a liberdade é a representação da mente libertada das ideologias, a negação da razão e a prevalecência do instinto.
Edjar Dias de Vasconcelos