A CORUJA

 

É madrugada. Acordo; escuto:

Um chirriar teimoso e mui agourento.

Em sepulcral silêncio, do breu absoluto,

Aterrorizava-me naquele aposento.

 

Mesmo temeroso fui até a janela.

Abri-a. Vi um par de luzes brilhantes.

Era uma Coruja e os olhos dela,

Até em minh'alma foram penetrantes.

 

Era a natureza com sua ciência.

Fez uso da feiura que me estava em frente.

Pousada solene nos escuros galhos.

 

Agir semelhante ao juízo da consciência.

Que faz revirar o homem e sua mente,

A fim de reparar os seus atos falhos.

Luiz Carlos Gomes
Enviado por Luiz Carlos Gomes em 17/04/2023
Reeditado em 18/04/2023
Código do texto: T7766390
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