A metafisicação do hidrogênio do ar.
Queria sentir misericórdia nas flores, oferecer perfumes as pedras, caminhar no fundo do mar e respirar o oxigênio da água.
Este o meu grande sonho, poder voar e superar o infinito do universo, atingir um novo cosmo.
Então deitaria sobre uma extensa nuvem, deixando o vento me conduzir ao palácio dos deuses.
Ao lado daquele o superior de Jesus Cristo, contaria a ele o maior dos segredos, pediria ao mesmo um exuberante favor.
Desça e fale ao povo, revele o sentido do velho mito, conte as repetições metafísicas, qual o significado da verdadeira cognição.
Posteriormente, apertaria as mãos das vossas magnitudes, diria lá da terra, o meu desejo voar como o vento.
Então pediria carona ao tempo, as cambalhotas, desceria subindo aos céus.
Perguntaria ao anjo gabriel onde fica o paraiso, antes do anoitecer, cobriria o meu rosto com o hidrogenio do sol, de madrugada contemplaria o baile das estrelas.
Ao renascer o novo dia, perguntaria algum deus capataz, como faço para voltar a terra, tudo que desejo apenas respirar o oxigênio da água do mar.
Vocês viraram a bunda para o começo da bunda, que metamorfose ambulante.
Edjar Dias de Vasconcelos.