Imprevisível

Espera-se muito do outro, e pouco

O outro tem a oferecer, é tão triste

Reações imprevisíveis, tanto louco

Quanto ao santo, o pensar resiste

Atropela, ouve e não escuta, se cala

Deixa na sala a mala e o livro folheia

Creia que a teia prende, não devora

Lá fora, agora, é tarde, noite embala

Os sonhos bons, não aflige, e aflora

Em versos que seguem, não apavora

A paz envolve; e com essa tal solidão

Não discuta, ouça e presta atenção...