O Mármore da Morte
Do mármore frio, neve e sangue ocultam
Um coração coagulado em desespero,
E os corvos famintos, que ali se multam,
Ferem com seus bicos a carne, sem medo.
A dor é intensa, é uma agonia profunda,
Que sufoca a alma e dilacera o peito,
E mesmo a beleza da vida se afunda,
Nessa tristeza que o coração acomete.
Não há consolo, não há alento, nem paz,
Apenas o vazio, a escuridão, o abismo,
Que devora a alma e consome o que jaz.
Mas na poesia, ouve-se uma voz a clamar,
Que ecoa pelas eras, sem cessar,
E lembra-nos da nossa mortalidade.
Em meio à tristeza e ao sofrimento,
Encontramos um chamado ao pensamento,
Que nos faz refletir sobre a nossa humanidade.
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Giovanni Pelluzzi