QUE REI SOU EU?
A pedra da fundação perdeu-se
O limbio já não age mais
A mancha marca a alma
A pendenga fica pra traz
O cetro fracassa na paz
Nasce uma flor no verão
Cativa a ceiva forte
Estrela se apagam no céu
Na terra ainda é fria a morte
E o amargor vira fel
Sem leis sem arcabouço
O papel se desintegra ao ar
Os homens como células
Se perdem de onde chagar
Quanto no forte vento a libélula
Que rei de fato sou eu
Que sem lei e sem guarida
Que pensa que a verdade
Seja a única solução, saída
Serei julgado pela vida
Mas que até em Haya
Fui julgado inocente
Então serei livrado
Destas condenações premente
Não serei mais REI nenhum, daqui pra frente