CASAS DE TAIPAS

Gravetos, entrelaçados, estruturas de madeiras, expectativas humanas.

A vontade joga os barros, e, tempera essa mistura, com o, coração em festa,

Água avermelhada, modela as massas, e, é, como, se saísse, de suas veias...

Gotas d’águas, caminham pelo seu rosto, e, despencam como catalisadores...

As almas, declamam sonetos, pelas chances dos desideratos desse mutirão.

E as mãos calejadas..., orientadas, pela emoção, massageiam, essas taipas...

Grudadas, com o carinho, e esse banquete forma as paredes de sua alegria.

 

Dão forma, ao seu ninho, ao sonho da casa própria e cada fenda na parede.

Cada rachadura acolhe as suas lembranças, sua fé, e igual aos poetas que,

Em transe, gestão seus versos, eles concebem seu porto seguro, sua casa.

E refrões, de cooperação, de solidariedade são atalhos e abrem as asas do...

Entusiasmo, a alma enluarada cria um céu de improviso despi suas estrelas.

Pois, onde há vontade, há caminhos, a vida, recompensa aquém se esforça.

A força de vontade, é, cinzel iluminado e esculpi, a pedra preciosa, da razão.

 

A maioria, dessas casas, são lares, alicerçadas, no entusiasmo, na vontade.

Na dignidade, no respeito na cooperação, e desvelo, amor, amizade e zelos...

E, pelas mãos da empatia, recitam, a ode da amizade de Machado de Assis.

Essas casas, podem não ser de tijolos convencionais, porém há fragmentos,

Das esperanças, em cada cômodos, e, retalhos, das vidas, em cada, cantos.

E as lágrimas e, emoções, emolduradas são como, pérolas, em cada frincha,

Ratificam que o futuro, se faz pleno no do serviço contínuo: amor e bondade.

Albérico Silva