E AGORA? AGORA!
E agora? AGORA!
O espelho me sugere rendilhar o sorriso.
O que ando a usar, não requer apresentações.
É que estou como José,
Que não soube responder a pergunta do poeta.
Por isso professo a fazer versos
Sem a preocupação da vinda do dia, do bonde, do riso ou...
Da utopia.
A certeza que tenho é que nem tudo acabou.
E o que fugiu ou mofou,
Se foi por falta de amor
Tem a permissão de voltar à festa,
Acender a luz
E carregar sua cruz.
Eu e ele...
Seguimos sem nomes.
Amando, protestando e gritando,
Pois o terno de vidro,
Assim como o espelho, quebrou!
Lá nos versos do mineiro
Fala de uma chave,
Que sem porta e sem serventia,
Foi jogada no mar que secou.
E Zé, que íntimo me é,
Virou notas,
Que com o dedilhar espelham sonhos
E vidas vividas no AGORA!