E AGORA? AGORA!

E agora? AGORA!

O espelho me sugere rendilhar o sorriso.

O que ando a usar, não requer apresentações.

É que estou como José,

Que não soube responder a pergunta do poeta.

Por isso professo a fazer versos

Sem a preocupação da vinda do dia, do bonde, do riso ou...

Da utopia.

A certeza que tenho é que nem tudo acabou.

E o que fugiu ou mofou,

Se foi por falta de amor

Tem a permissão de voltar à festa,

Acender a luz

E carregar sua cruz.

Eu e ele...

Seguimos sem nomes.

Amando, protestando e gritando,

Pois o terno de vidro,

Assim como o espelho, quebrou!

Lá nos versos do mineiro

Fala de uma chave,

Que sem porta e sem serventia,

Foi jogada no mar que secou.

E Zé, que íntimo me é,

Virou notas,

Que com o dedilhar espelham sonhos

E vidas vividas no AGORA!

Iz Cristina Avlis
Enviado por Iz Cristina Avlis em 31/03/2023
Código do texto: T7753338
Classificação de conteúdo: seguro