NORMALIDADE
Eu já não sei por quê
Estou fazendo planos
As minhas metas se perderam
Pelos anos
Eu não sei nem a cor
Da linha de chegada.
Minha retina nunca viu
A linha reta
No alvo, nunca acertei
A minha seta
Eu sou um acumulador
De prejuízo.
O que fazer pra mudar tudo isso?
Como encontrar, assim, o paraíso?
A minha bússola está quebrada…
Como fazer as coisas darem certo?
Da alegria eu nunca chego perto…
Eu sou o asno que nadou pra nada…
E quando eu tive sorte
Foi um ledo engano
Foi uma falha no evento humano
Mas que a vida logo resolveu.
E quando eu tive sorte
Foi por puro acaso
Foi só a vida que chegou com
Um certo atraso
Normalidade: o destino me venceu.