NORMALIDADE

Eu já não sei por quê

Estou fazendo planos

As minhas metas se perderam

Pelos anos

Eu não sei nem a cor

Da linha de chegada.

Minha retina nunca viu

A linha reta

No alvo, nunca acertei

A minha seta

Eu sou um acumulador

De prejuízo.

O que fazer pra mudar tudo isso?

Como encontrar, assim, o paraíso?

A minha bússola está quebrada…

Como fazer as coisas darem certo?

Da alegria eu nunca chego perto…

Eu sou o asno que nadou pra nada…

E quando eu tive sorte

Foi um ledo engano

Foi uma falha no evento humano

Mas que a vida logo resolveu.

E quando eu tive sorte

Foi por puro acaso

Foi só a vida que chegou com

Um certo atraso

Normalidade: o destino me venceu.

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 27/03/2023
Código do texto: T7750131
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