Janelas

Abertas no solilóquio do vento,

Abruptamente batem entre si,

Janelas batem pensamentos,

Por vezes frívolos, chocam-se.

A jovial janela interroga:

— Por que tão rígida és?

A outra responde na hora:

— Porque a chuva agride-me.

Sucinta e clara resposta

Por satisfeita ela cala.

‘’Por que a chuva e não a Lua?’’

Pensa a janela tapada.

Porque Sol e Lua não ventam,

Nem a tempestade brilha,

Mas as chuvas pensam.

Desgastam e batem janelas.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 25/03/2023
Reeditado em 26/03/2023
Código do texto: T7748663
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