FAVELAS
As favelas, cartões postais, em uma sociedade, tipicamente refratária.
Recortes, de uma geografia, desvalida, e, que se balança, sobre, as gangorras,
Das diferenças, sociais, e, das indiferenças estatais, subjugadas, pelos medos!
Insensibilidades, a girar nessas rodas-gigantes..., desses, parques de horrores.
Seus moradores, já, se, distanciaram, do esgotamento, da mera sobrevivência,
De antemão, não, se, iludem mais, com, as sombras, nas cavernas, e, buscam,
Nos simbolismos, dessas sombras, e, da fogueira, a sabedoria, e, os tirocínios!
Pelo bem como unicidade, belo, eleva a unicidade, e no justo ordena as coisas.
A execrar essa educação programática, sem vivencia, que, troca lápis por fuzis,
Tal, contraste, gera consciência, e, o mito da caverna, propicia, luzes, liberta-os.
Nas catarses dessa gente, escolas de samba, são, samba enredo da felicidade.
“To be or not to be”, e, a, maiêutica, distanciam, o, ser, favelas, do ser, favelado,
E corta as cordas das marionetes, e, a natureza se move para testar à vontade!
Assim, as, imagens, pelos, conceitos, de Émile Durkheim, e, de Auguste Comte,
De Montesquieu, e, de Hobbes, e Hegel, obliteram os resquícios, das sombras!
E, o Sol, da consciência, jorra, os questionamentos, a fraternidade, e sabedoria,
Homens e mulheres convidam retardatários a saírem das cavernas existenciais.
Tomada de consciências, nesse banquete, a, entender, que favela, é sociedade.
E, que, a miséria humana, é, amoralidade invertida, nesse ápice, da ignorância!
Daí, esses gemidos que temos ouvido na sociedade são ecos da inconsciência.
Albérico Silva