Ânimos

Há dias em que pouco temos paciência

Como carregados por quilos de explosivos

Qualquer empecilho, faz-se um agressivo

Não resolvem os pedidos por clemência.

Mesmo que ressoe à impertinência

O mau humor alimenta o nocivo

Por instantes, mantém o manifesto vivo

Mesmo beirando à indecência.

Ânimos que explodem no toque à ferida

No acúmulo de razões à brabeza

Tem-se convivência perdida.

Como intuito de fortaleza

Tentar seguir com a vida

Combater a tristeza.

Ânimos como termômetros, são variáveis

Se as ações não respeitarem

Farpas e sinais que se mostrarem

Desencadeiam consequências notáveis.

Marcel Lopes

10/03/2023