Pobre alma e vida humanas
Ó vida funesta, com tantas tristes realidades
Que a todo homem deixa eternas cicatrizes,
Incapaz de oferecer à alma alguma felicidade:
“Essa dor transcende o que tu fazes e dizes.”
Neste mundo árido e cálido que ao ser seduz,
Nenhuma religião traz alguma redenção,
Pois a morte, senhora que nos conduz,
Leva-nos à eterna e dolorosa escuridão.
Ah, pobre alma humana_ tão fragilizada,
Vítima da própria crueldade, descartada,
Que na vida é sempre tão... tão vilipendiada!
E assim cada ser anda nesta frustrada estrada,
Com reprimidas lágrimas e a dor da saudade,
À espera do repouso da vil charada desta jornada.