Tempestade...

Eu ouço os sinos tocando, a chuva de granizo cruzando os céus por um denso nevoeiro;

As pegadas marcando o movimento dos ponteiros, cortando a superfície plana dos arredores dos arrozais;

Cada semente que deveria ser semeada para a colheita;

gritos brotam para as estações.

O amanhecer não será o mesmo, nunca será o mesmo;

Os dias de glória nunca serão vistos pelos arbustos centenários que cortam o rio acima;

Somos folhas secas abafadas pelas enxurradas, caindo em uma cascata na beira do precipício.

Doce seria o canto das sereias que fogem ao encalço da foice que degola seus pescoços;

No prazer de um futuro não muito melhor, o desejo do ódio de viver eternamente vagando sobre a terra árida e rochosa;

Com as gargantas secas.

Os sinos tocam, e os aviões cruzam os céus;

O mito se torna uma lenda distante;

A verdade se torna um mito de alguém que ouviu falar;

E a mentira é absoluta dentro do mar de ilusões.

Os sinos tocam e bravos guerreiros cantam sua última canção,

na vitória do grande monte para no futuro a história girar e seus nomes apagados pela ventania do deserto, ecoando pela volta da fome vermelha que apodrece todo ideal, abafando cada som.

Triste a vã esperança; Calada a torrencial abafada.