LAMPARINA DA ALMA

 

Joguei as minhas tristezas 

No lamaçal da rua,

Desvendei os olhos...

Realidade crua.

Desmascarei a mim mesmo

Confrontei o meu interior,

Passei por cima das chamas

Do amor que se apagou!

 

Das brasas as amortecidas cinzas

Em paz sobrevivi a guerrilha,

Em meio aos estilhaços e bombas

Rastros que deixaram a vida

Trincheiras, defesas e perigos

Noite sem esperança e abrigo!

 

Os anos se passam como correntes

Sem elos,

O frescor da brisa não enferruja

O ferro,

Entre o limão e o cutelo

O coração endurece,

Paixão desaparece aos poucos

Canção que por dentro apodrece!

 

Não há ímã que atrai o destino

Nem destinos se cruzam por acaso,

O medo é acompanhado do desespero

O desespero acontece no momento

Errado,

A lamparina da alma 

São os nossos olhos,

O corpo iluminado 

É caminho do bem-amado! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 06/03/2023
Código do texto: T7734012
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