LOCOMOTIVA

A vida é uma viagem

Numa espiral de locomotiva

É rápida entre as paisagens!

Um dia faz frio no outro calor

Um dia a menina dos olhos deixa rolar as lágrimas

No outro foi o colírio

Irrigando a parte externa.

Num piscar de acalanto

Nos dá o direito de enxuga-las

E fazer do momento um rio de emoções.

Um dia a gente esquece

No outro chora as lembranças, as memórias do terno ego!

A água que desce plena

A água que faz transbordar

Numa ponte intercalada

Que separa a irmandade!

No muro à beira do jardim

Num beco sem saída

Nas curvas do ego

Sorri pra vida o pobre moço!

Num folheto jogado na rua

Numa placa à beira do caminho

Na velocidade pela janela

Vendo o jogo da vida.

Ah! Se soubessem como fere

A lágrima rasgando a alma

Sentado amarrotado no percurso.

Seus anseios ficando nus

No roteiro desfazendo as máscaras

Vendo o sentido do palco.

Salve o rico preletor

Que por horas enfrentou o choro

A cadeira, o apoio das lágrimas

Na bravura de algumas perdidas

Saindo com classe.

No intercâmbio a faculdade vida

No trajeto deixando pegadas

Desbravou o pobre moço.

À beira do caminho o riacho!

Na sombra da aroeira

Sentou o velho rico moço.

Val Bernardino
Enviado por Val Bernardino em 03/03/2023
Reeditado em 03/03/2023
Código do texto: T7732043
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