LOCOMOTIVA
A vida é uma viagem
Numa espiral de locomotiva
É rápida entre as paisagens!
Um dia faz frio no outro calor
Um dia a menina dos olhos deixa rolar as lágrimas
No outro foi o colírio
Irrigando a parte externa.
Num piscar de acalanto
Nos dá o direito de enxuga-las
E fazer do momento um rio de emoções.
Um dia a gente esquece
No outro chora as lembranças, as memórias do terno ego!
A água que desce plena
A água que faz transbordar
Numa ponte intercalada
Que separa a irmandade!
No muro à beira do jardim
Num beco sem saída
Nas curvas do ego
Sorri pra vida o pobre moço!
Num folheto jogado na rua
Numa placa à beira do caminho
Na velocidade pela janela
Vendo o jogo da vida.
Ah! Se soubessem como fere
A lágrima rasgando a alma
Sentado amarrotado no percurso.
Seus anseios ficando nus
No roteiro desfazendo as máscaras
Vendo o sentido do palco.
Salve o rico preletor
Que por horas enfrentou o choro
A cadeira, o apoio das lágrimas
Na bravura de algumas perdidas
Saindo com classe.
No intercâmbio a faculdade vida
No trajeto deixando pegadas
Desbravou o pobre moço.
À beira do caminho o riacho!
Na sombra da aroeira
Sentou o velho rico moço.