O Lúcido
Amor,
como dói a minha dor
como dói querer me permitir o paraíso
em juízo
ser rei..
como rói a saudade...
de outros tempos
de moça amada
do desejar ser...
como dói,
querer me virar ao avesso...
em um novo recomeço...
de um novo velho ser
minhas lágrimas,
minhas muitas lágrimas...
não são suficientes para o que chamo de amar...
em minha lucidez,
um profundo desejar..
do nada desejar ser...
a não ser
o amor