Reflexões na Avenida da Vida
Minha vida é um brevíssimo segundo
Linha reta em que desconheço o destino
Caminhos obscuros, não sei onde fica a direita
nem a esquerda
caminhada compulsória a reta final.
Quem nos guia nesta vida?
que frutos irei colher no fim?
Será que lancei as sementes em terra?
Diante da correria de ser alguem
será que as semeei no asfalto?
Nas camadas do espelho
sinto que perdi meu EU.
Um aspecto cansado surge
A cada reflexão que faço
Será que, em algum caminho
decidi pelo acesso errado?
Duvidas de uma mente inquieta
que sabe que não conseguirá
as respostas que necessita.
Porém, sigo caminhando
Nesta longa avenida,
Na espera que, no fim
como uma trama, bem tecida
Tudo possa fazer sentido
como a luz ,clareia o dia.