ESPANTALHO

ESPANTALHO

Sob velho chapéu de palha

Rosto cisudo sem sorriso,

Com mãos acenando ao vento

Tangendo os maus pensamentos;

Arte ensinando a viver,

Lúdico mostrando-se capaz

Mandando o adverso correr.

Obelisco  móvel no pomar,

Estátua viva de roçado,

Noite e dia trabalhando

Protegendo bem o plantado;

Palha e pano esgaçado,

Sem arma valente guerreiro

Puro, ingênuo, verdadeiro.

Gente precisa espantalhar,

Expulsar o que traz aflição,

Os corvos não são tão bravios,

Rendem-se aos acenos das mãos;

Aos que não, meu não não tardio;

Quando em bandos assediam,

Recorrer à força da razão.

AMN DIDO
Enviado por AMN DIDO em 18/02/2023
Código do texto: T7722177
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