Dou-me

 

Dou-me

O direito de buscar

O “conhecimento” das coisas...

 

Não

Quero

De graça...

 

E para tanto

Batalho e bato em portas...

Se são abertas adentro-as e dialogo...

 

Sei que os “NÃOs” existem

Tendo-os, não me revolto

Busco entendê-los...

 

E,

Digerir

As decepções...

 

Faz parte...

... do combo VIVER...

 

Não me vitimizo

Nem me perco

Em lamentações...

 

Respeito...

Aceito...

 

Nem sempre fui assim

Já fiz muitas tempestades

Em copos d’agua e em gotas...

 

Ah,

Já fiz muitas

Antices e Asnices...

 

Sem contar

As malcriações

E os trocares de mal...

 

Criancices?

Imaturidade!

Orgulho, besta!

 

Tempos

De “certezas”

Que nos dão rasteiras...

 

Ser

De Lua

Também ajudou...

 

Em cada fase

As sombras são diferenciadas

E a luz do esclarecimento sempre ilumina...

 

Não há

O breu eterno

Pois a Luz do amor é eterna...

 

A compreensão

...é gota de amor em filigranas de luz

Que se faz o farol dos faróis nas tormentosas tempestades

 

E os que

...nada buscam?

Haverá quem nada busque

Conhecer, saber ou mesmo entender?

 

Não creio, pelo que

O dialogar com a vida

Perpassa pelos saberes....

 

A vida

Sempre

Nos desafia...

Com suas questões

(de tudo)

E as respostas se dão

somente aos que

em sua busca

se aventuram

 

Não haverá uma resposta

Se não houver

A pergunta...

 

Tropecei com pessoas

... em busca do que querem,

embora não saibam o que seja...

 

Buscam...

Também já encontrei

Quem não sabe o que buscar...

..deixam-se ir ao sabor

... da vida...

(eu estranho)

 

Sei que

Cada um é um...

 

Olho o céu...

Já mudou...

Estava azul...

 

... Está nublado

 

O vento sul a vir do horizonte nos dá indícios que será forte

Que medo que nest’hora me dá

Mas eu aqui ainda na praia a contemplar o mar

que logo mais revolto será

Não, a brisa de ontem comigo não mais está

E assim é a vida...

Mudanças

Deixamos de buscar pela brisa que partiu

e nos amedrontamos com o vento que anuncia

... a tempestade que inevitavelmente virá, coisas do verão...

 

Desta que o pavor nos ilude em achar que jamais findará o que inquieta

Ou será que a forte ventania levou nossas almas para bem longe...

de nós mesmos? (E co'ela... nossa coragem, sei lá?!)

 

A brisa

Levou com ela

O Sorriso radiante do sol...

 

As grandes naus

não têm medo do furor deste vento

E seguem mar adentro, será que se acostumaram co’ele?

 

Ou tempestades bem mais fortes venceram, e por isso não têm medo de nada?

De nada, será?

Ah! E quem não tem medo d’alguma coisa,

ainda que “nada seja”?

 

Há quem não seja atormentado

Por inseguranças

Invisíveis?

 

A verdade é que as grandes embarcações vão até o seu destino

E certas estão de que lá chegarão

Oh! Por que muitas almas

desistem de buscar

pela felicidade

... e, sobretudo,

pelo amor?

 

Se deixam

Afundar

Por monstros

Qu’os olhos

não enxergam...

Naufragaram

no oceano turbulento

de seus medos internos

no meio de sua "sagrada viagem"?

 

Se dão ao medo...

 

Eu

Me dou

Ao AMOR , e agarro

As boias que a Vida me lança...

 

E

É por isso

Quero sempre SABER...

 

 

 

 

 

 

 

MANTRA (ouça)

 

 

 

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