RENASCIDO
Devo morar entre os vivos
Pela lógica dos mundos
Dimensões entre o arrepio
Prisioneiro farto de prisões
Perseguindo rastros genealógicos
Acumulados em mais de mil gerações
A dor-sentença
Tribunal outorga força
Culpado de um crime sem castigo
Do asco querem esculpir minhas palavras
Da asa que envolve seus filhotes
Reluz a cimitarra
E a cena que emudece toda fala
Já nem sei mais se me comove
Toda voz que vai na alma e estraçalha
Da luz inversa (sombra)
Expurguei os últimos grãos de medo
Planta carnívora crescendo no peito
No agora queimo suas raízes
E não me fará mais de "seu" brinquedo
Do me calar no outrora
É espessa cada camada que me envolvia
Temor, lhe rasgo inteiro
Saio à forra
Do que foi feito a espada que empunhei entre meus dedos?
1002231148