RENASCIDO

Devo morar entre os vivos

Pela lógica dos mundos

Dimensões entre o arrepio

Prisioneiro farto de prisões

Perseguindo rastros genealógicos

Acumulados em mais de mil gerações

A dor-sentença

Tribunal outorga força

Culpado de um crime sem castigo

Do asco querem esculpir minhas palavras

Da asa que envolve seus filhotes

Reluz a cimitarra

E a cena que emudece toda fala

Já nem sei mais se me comove

Toda voz que vai na alma e estraçalha

Da luz inversa (sombra)

Expurguei os últimos grãos de medo

Planta carnívora crescendo no peito

No agora queimo suas raízes

E não me fará mais de "seu" brinquedo

Do me calar no outrora

É espessa cada camada que me envolvia

Temor, lhe rasgo inteiro

Saio à forra

Do que foi feito a espada que empunhei entre meus dedos?

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Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 10/02/2023
Código do texto: T7716335
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