ACREDITE EM MIM

Acredite em mim, que também ando meio perdido,

Que não sabe se essa voz é da razão ou do instinto,

Ou as duas me conduzindo ao mesmo sentido,

Acredite em mim, que ando meio à deriva,

Como se o inesperado fosse o único jogo da vida,

Que destrói cada certeza, deixando as dúvidas como uma dívida que não se pode pagar,

Parece que no fim só amor pode consolar.

Acredite em mim, que se pergunta agora,

A existência é só um instante ou algo que se pode eternizar,

Ou o tempo é outra mentira para nos controlar?

Vive mais quem conta o tempo ou quem vive sem questão de o contar?

Será que alguém saberia explicar ou estamos todos meio à deriva

Esperando o primeiro vento para continuar,

Sem saber se um dia seremos mais ou menos, ou se apenas seremos.

Acredite em mim, que as vezes se afoga na imensidão do nada,

Apenas por procurar resposta para tudo,

E a decisão é nossa, se focamos em um luto,

Se tentamos encontrar um motivo para continuar,

E eu sou como você, sem certeza de nada,

Tentando compreender a lógica do mundo,

Para justificar o fim de todas as coisas,

Então, hoje, acredite em mim, e viveremos cada instante, mesmo que seja só mais um segundo,

Se importando apenas com a trajetória, sem dar tanta relevância ao fim,

Por isso, hoje, acredite em mim.