PAIOL DE PÓLVORA

 

Perdida estás entre olhares

Com lágrimas,

Entre o canto e a dor

Júbilos e fracassos.

Turbilhões de amores revelando

Caminhos a serem traçadas,

Quanto mais corroem em silêncio

Quanto menos seguem os teus

Passos!

 

O regresso vem como o som

Das gaivotas,

É o paladar das palavras

A bússola perdida dos acertos,

Navegou a vida toda sem direção

Horizontes opostos,

Apagou o caminho do mar

Atracou-se no porto da última

Resposta!

 

Não há farol que a traga

De volta,

A tempestade que se levantou

Deixou seu barco a própria sorte,

A fúria das águas batia

Em sua face,

As nuvens enfurecidas alienavam

Os ventos e anunciavam a morte!

 

Não é tempo de partir

Tão jovem,

Como um sonho que desperta

Não avisa nada e vai embora,

A alma tem cheiro de perfume

As lembranças nunca morrem,

O universo ainda é um menino

E o mundo um paiol de pólvora!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 01/02/2023
Reeditado em 11/09/2024
Código do texto: T7709193
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