PAIOL DE PÓLVORA
Perdida estás entre olhares
Com lágrimas,
Entre o canto e a dor
Júbilos e fracassos.
Turbilhões de amores revelando
Caminhos a serem traçadas,
Quanto mais corroem em silêncio
Quanto menos seguem os teus
Passos!
O regresso vem como o som
Das gaivotas,
É o paladar das palavras
A bússola perdida dos acertos,
Navegou a vida toda sem direção
Horizontes opostos,
Apagou o caminho do mar
Atracou-se no porto da última
Resposta!
Não há farol que a traga
De volta,
A tempestade que se levantou
Deixou seu barco a própria sorte,
A fúria das águas batia
Em sua face,
As nuvens enfurecidas alienavam
Os ventos e anunciavam a morte!
Não é tempo de partir
Tão jovem,
Como um sonho que desperta
Não avisa nada e vai embora,
A alma tem cheiro de perfume
As lembranças nunca morrem,
O universo ainda é um menino
E o mundo um paiol de pólvora!